quarta-feira, 30 de maio de 2012

O preconceito com gordinhas


Sociedade cruel

Faz um tempinho que minha filha mais velha anda suspirando por um amiguinho de classe... é... ela já está entrando nessa fase em que o coraçãozinho começa a palpitar diferente, tornando alguém mais especial.
E ontem a minha filha caçula deu uma de irmã pentelha, daquele tipo que se mete onde não foi chamada e faz o que não deve!
Ela foi dizer ao dito amiguinho especial de que a irmã gostava dele e perguntou se ele também gostava dela... e a resposta?
Não foi um não por achar ela chata, briguenta, manhosa ou seja lá o que for sobre o jeito dela que ele ache que não combina consigo e sim um "Não, ela tem barriga é gorda"!
Uma resposta típica da sociedade cruel que considera uma pessoa por seu físico se encaixar ou não dentro do esteriótipo magro padronizado entre as mídias e não pelo que a pessoa é.
Sua primeira paixão não correspondida...
Não sei se esse acontecimento foi bom ou ruim para ela porque por um lado, apesar dela não ser gorda, quem sabe isso sirva para que cuide do corpo e lá na frente não tenha que ficar penando como eu estou para emagrecer.
E querendo ou não o preconceito com as "não magras" não só no lado amoroso, mas no social e no profissional existe e falando sem hipocresias, até nós que estamos batalhando para emagrecer espalhamos ou um dia já espalhamos desse preconceito quando deixamos nos deprimir, quando nos esquivamos, quando nos depreciamos, quando nos escondemos ou quando nos excluímos, por estar acima do peso!
Mas por outro lado, não quero que ela viva em função das aparências e nem quero que as pessoas se aproximem ou se afastem pelo mesmo... quero que ela perceba que muitas outras coisas são muito mais importantes, aprendendo a se dar o valor e valorizar quem merece.
Desejo que no seu tempo certo esteja gorda ou magra, encontre alguém que ela goste e que esse alguém também goste dela, dando a devida importância a seus valores e não a suas aparências...
Alguém assim como meu marido, que mesmo quando estive nos meus piores picos de obesidade, quando eu me sentia o maior lixo pelo meu desleixo com a saúde e aparência, mas ele nunca deixou de me olhar do jeito que sempre olhou.
Porque somos apaixonados por nossas essências que se completam e não por uma beleza física do qual sabemos que inevitavelmente, um dia, tudo cai e tudo enruga!  rs ^_^

4 comentários:

Expatriada disse...

É o que sempre digo, infelizmente, para muita gente, ser magro é ser esquelético!

Tenho pena... não da tua filha, mas desse garotinho. Ele com certeza precisa receber mais orientação da família. Pena dele.

Beijoca pra ti!

Ramona disse...

Que menino cruel, ela teve muita sorte de já ter a chance de não se iludir mais com ele, pois ele já mostrou que não se importa em ferir os sentimentos alheios, acho que a sua filha mais nova foi e um anjinho dando a chance para irmã escolher um menino que realmente mereça cada suspiro dela. Digo tudo isso, pois já passei por muita coisa parecida.

Vanessa Mendes disse...

Oiee.. que saudades!
Agora estou de volta..da uma passadinha la no blog para me fazer uma visita...

com certeza este preconceito existe e a culpa realmente é nossa que temos tbm preconceito contra nos mesmas, esta semana estive no shoping com meu marido, e em uma das lojas estava uma placa escrito:precisamos de funcionária, então meu marido falou: quem sabe vc troca de emprego e vem trabahar ali na loja? e eu com o meu proprio preconceito respondi: não sou magra para trabalhar nestas lojas de shoping, olhe a sua volta todas são magras e bonitas!

Temos que mudar isto!
bjinhosss...

mellzinha@gmail.com disse...

Nossa, esse seu post vem bem de encontro a algo que eu escrevi e vou compartilhar no meu blog ainda essa semana. Tão difícil ser vista como "a gordinha" desde a infância e olha q eu nem era gordinha assim, eu sempre fui grande para a idade e minhas amiguinhas da escola tinham o padrão normal de crianças da nossa idade.